sábado, 27 de julho de 2013

~* Entre Tapas e Beijos

A gente vai brigar, claro que vai. Vou até dizer que te odeio, que você foi a pior coisa que aconteceu na minha vida. Até falarei que não quero mais você; vou embora dizendo que acabou, que jamais irei voltar. Mas, você sabe, mais do que ninguém que eu sempre acabo voltando. Porque, por mais que a gente brigue, por mais que a gente se odeie, em primeiro lugar, nos amamos.

~* Sempre estarei dentro de você

Você ainda vai dizer pra todo mundo que um dia conheceu alguém que te amou mais que a própria vida. Vai contar como ela te fazia bem, e seus olhos se encherão de lágrimas. Vai dizer com um sorriso no rosto e a cabeça meio baixa que o sorriso dela era lindo, vai suspirar ao contar do perfume dela, que insistia em ficar na sua roupa. Vai pegar o celular e ver o número dela e dizer que já tentou ligar e dizer que sei lá, “sentia falta”, mas não conseguiu. Vai dizer que os seus dias estão vazios sem ela, que desde que você deixou ela ir já não são os mesmos. Vão te perguntar se você ainda a ama, e você não vai responder, apenas irá sorrir. No final do dia irá pra sua casa com um aperto no coração, pois tinha jurado de pés juntos que jamais falaria nela de novo. Porque cara, não adianta, ela vai voltar, mas não pro seu lado, mas pra dentro de você, e vai sair em forma de lágrimas ou sorrisos.

~* Coração aberto

O dia que eu não chorei talvez tenha sido o dia mais atípico da minha vida. Sou do tipo que chora até com filme de comédia, mas nesse dia não me escapou nenhuma lágrima involuntária. E eu senti que era o começo e, principalmente, o fim de muita coisa. Senti o estômago embrulhado e um nó na garganta, tudo muito familiar, exceto pela ausência do gosto do sal na boca. E, pela primeira vez, senti que era inútil pensar, repensar, perder noites de sono tentando solucionar o que não dependia só de mim. Se eu já disse o que devia ser dito uma vez, pronto, é isso, é a minha posição. Não vou ficar repetindo com argumentos convincentes, como quem defende uma tese e espera por aprovação. Senti que qualquer esforço não fazia sentido, porque eu acho que não vale pedir pra ficar, sabe? Tenho mania de achar que tem coisas que só tem valor se forem espontâneas, de coração e isso tá no topo da lista. Se eu amo alguém, eu nem cogito a possibilidade de ir embora. Desistir é coisa de gente que gosta pouco e tentar inverter uma situação assim é coisa de gente que não se gosta. Minha mãe diz que eu sou muito coração aberto e eu acho que isso define tudo muito bem. Porta aberta pra entrar, escancarada pra sair. E eu vou ficar bem. Sempre fico.

~* Coração aberto

O dia que eu não chorei talvez tenha sido o dia mais atípico da minha vida. Sou do tipo que chora até com filme de comédia, mas nesse dia não me escapou nenhuma lágrima involuntária. E eu senti que era o começo e, principalmente, o fim de muita coisa. Senti o estômago embrulhado e um nó na garganta, tudo muito familiar, exceto pela ausência do gosto do sal na boca. E, pela primeira vez, senti que era inútil pensar, repensar, perder noites de sono tentando solucionar o que não dependia só de mim. Se eu já disse o que devia ser dito uma vez, pronto, é isso, é a minha posição. Não vou ficar repetindo com argumentos convincentes, como quem defende uma tese e espera por aprovação. Senti que qualquer esforço não fazia sentido, porque eu acho que não vale pedir pra ficar, sabe? Tenho mania de achar que tem coisas que só tem valor se forem espontâneas, de coração e isso tá no topo da lista. Se eu amo alguém, eu nem cogito a possibilidade de ir embora. Desistir é coisa de gente que gosta pouco e tentar inverter uma situação assim é coisa de gente que não se gosta. Minha mãe diz que eu sou muito coração aberto e eu acho que isso define tudo muito bem. Porta aberta pra entrar, escancarada pra sair. E eu vou ficar bem. Sempre fico.

~* Homem adora um desafio!

Ele não ligava, nem mandava mensagem durante semanas. Mas tinha uma mania sacana de aparecer quando ele já estava quase desaparecendo da minha cabeça. Era carência, estava na cara – e faltava vergonha na minha, porque eu sempre acabava cedendo. Não me dava valor e ainda ficava indignada por ele não dar também. Eu aceitava ser a última opção e ainda tinha a cara de pau de espernear e choramingar por aí usando a maldita frasezinha clichê de que nenhum homem presta. Claro que ele não ia prestar, pra que prestar com alguém que transpirava falta de amor próprio? Ninguém ama quem não se ama, ninguém respeita quem não se respeita – doloroso, mas verdadeiro. E quando você não está na onda de ser amada, está tranquilo – um supre a carência com o outro e fim de papo. Mas eu tava afim de sentimento, tava super na onda de mãozinha dada e ligação de madrugada só pra ouvir um “Estava pensando em você”. E claro que ele não ligava, a gente quase sempre só pensa antes de dormir em quem causa aquele nervosinho de incerteza dentro do nosso peito – e eu tava sempre ali, um poço de certezas, não tinha porque ele pensar. Muito menos ligar. E foi ai que eu mudei. Parei de aceitar o último pedaço de bolo, se o primeiro pedaço não fosse pra mim, eu simplesmente ia embora da festa – não me servia mais. E olha só que mágico, ele nunca me chamou pra tantas festas nunca vi alguém me oferecer tantos pedaços de bolo – a mágica só não foi tão boa porque eu simplesmente não queria mais. Não queria mais a mágica, não queria mais bolo, não queria mais ele. Quando a gente passa a se valorizar a gente consegue enxergar nitidamente quanto os outros valem – e ele valia tão pouco, desencantei. Peguei meu coração e coloquei ele lá no topo de uma arvorezinha danada de alta, e vou te falar, nunca vi tanta gente disposta a escalar – homem adora um desafio. Pois bem, que vença o melhor!