segunda-feira, 30 de abril de 2012

~* Mesmo separados estamos juntos

Fim é uma coisa muito complicada. Nosso compromisso acabou, digo, teoricamente falando. Mas nossa história mesmo tá longe do fim. Namoro não é estar em um relacionamento sério no facebook, amor é muito mais do que todas essas futilidades que as pessoas fazem tanta questão. Pra gente não ter fim, rompemos o compromisso e nos livramos do peso que ele traz junto. Essas expectativas, cobranças, essa dor por nada. A gente sempre foi mais que isso, sempre foi superior a essas coisas pequenas, gente pequena, ao mundo que nunca quis nos ver juntos. Mesmo separados, estamos juntos. Se isso não é amor, o que mais pode ser? O maior e mais bonito que já ouvi falar. E é por isso que dá medo. Medo disso tudo enfraquecer por causa de um status, medo da gente perder as forças contra quem não consegue ver a gente feliz. Medo da gente se perder na própria história, de um jeito que não dê pra se achar mais. Medo de, no fim das contas, perder o presente mais bonito que a vida me deu, porque quis mostrar pro mundo e não soube guardar só pra mim.

~* Eu, você e uns carinhos

Você tem sua vida, eu tenho a minha, mas olha só a loucura, a gente tem a nossa vida também, paralela a tudo isso. Você fica com essas meninas sem graça por aí e continua sendo meu. Isso é bonito, mas é triste, porque não é fácil dividir você, como se fosse algo sem valor. Mas também não seria fácil a gente assumir um compromisso e se afundar nessas cobranças, mentiras e desconfianças dos namoros por aí. Faz falta uma certeza sobre nós, mas não sei ao certo se isso ia ser melhor pra nossa relação. A gente se vê quando dá tempo, quando dá pra ser, fala o que conseguir. E é isso que todo mundo vê, a gente se vendo num fim de noite, num fim de mês, sem trocar confidências. Mas se eles pudessem sentir meu corpo quando tá perto do teu, se fossem invadidos pelos seus olhos como eu sou, também não iriam conseguir falar muito ou tirar maiores conclusões. Iam só sorrir e entender porque, apesar dos pesares, eu continuo sendo sua, quando a vida me deixa te ter um pouquinho. E esse pouquinho, pode acreditar, me faz mais feliz do que todo o resto do tempo que eu passo sem você. Sem gaiola, sem coleira, só você, eu e uns carinhos.

terça-feira, 24 de abril de 2012

~* Brinquedo caro e banal

Traumas de relacionamentos anteriores te marcam muito, talvez pra sempre, mas uma hora você ama de novo, é algo maior que você, e nem isso, nem nada do mundo te impede de se entregar de novo, tentar outra vez. Sempre soube disso, inclusive sei com a maior propriedade que se pode ter, sei por já ter vivido. Mas preferi calar meus alarmes e escutar suas palavras, ler suas atitudes e entender você. E aí começou tudo que não podia ter começado, começou eu namorando sozinha, acreditando em frases desconexas e coisas vazias. Eu esperando alguém que não tinha a pretensão de ficar. Você tinha sua vida e eu tinha você, e pra mim isso bastava. Nossos dias de casal, nossos planos a dois, nossos momentos a sós. Só era quase um namoro, porque você era quase, incompleto, covarde, um menino. E meninos sempre enjoam dos brinquedos, mais cedo ou mais tarde. Demorou, mas você agiu conforme sua natureza, seu tempo, sua imaturidade. Cada vez te via mais longe, eu dava um passo na sua direção e você recuava três. Me enchendo de vírgulas, por não ser homem pra botar um ponto final. Me guardando na estante, pra ir brincar lá fora. Aceitei muita coisa, mas virar boneca, ah isso eu não pude admitir. Ir embora é coisa de gente grande, então eu fui, só assim teria fim sua molecagem, não nasci pra divertir criança. Essa partida dói em mim até hoje, confesso. Tudo podia ter sido diferente, lindo, especial, nosso. Eu gostava de você por dentro, por fora, por todos os ângulos. Gostava só porque era você e um dia você vai entender o valor disso, o meu valor. Quando você não tiver mais carrinhos bonitos pra emprestar, bonecos caros e roupas legais, o que te cerca vai sumir e você vai precisar crescer. E é nesse dia que você vai lembrar de mim, de nós, do que fomos e tudo que poderíamos ter sido, se você não fosse só um menino encantado com brinquedos caros e banais.

domingo, 8 de abril de 2012

~* Eu sei que não te mereço

Demorei tanto tempo para perceber que se tem alguém que não merece algo, esse alguém sou eu. Que não merece seu amor, seu respeito, nem ao menos sua amizade, pois sou essa menina moleca que faz as coisas sem pensar, que segue seus instintos e quando ver já se afundou outra vez nas suas próprias mentiras, mentiras nas quais acaba crendo de tanto que deseja torná-las realidade. Admito que nunca fui santa, mas também nunca desejei ser taxada de promíscua por você, apenas queria me fazer ser notada, e acabei fazendo tudo da maneira mais errada que pude. Sempre busquei fazer as coisas do jeito certo, mas acabo confiando demais nas pessoas e quando me dou conta já estraguei tudo novamente. Sei que não te mereço, mas meu coração resolveu por si só te pertencer, não te cobro nada, você não me deve nada, ele já nasceu seu. Só peço que cuide-o com carinho, se não quiser carregá-lo consigo ao menos guarde-o em alguma caixinha no fundo do seu armário,ele estará mais seguro contigo, pode fazer o que achar necessário pois ele já não me pertence mais. Não me julgue,não me crucifique, eu não sei mais quem eu realmente sou, ou no que me transformei. Não me tenhas ódio, pois mesmo não sabendo quem sou, no fundo continuo a mesma de sempre, um pouco estranha e irreconhecível,admito, mas incapaz de te fazer algum mal.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

~* Falando sozinha com o espelho

Decidi me declarar. Parei, comprei umas flores, escrevi um cartão bonito. Falei sobre meu amor, minha confiança de olhos fechados, minha gratidão, admiração. Disse que só assim eu podia ser feliz e que, enfim, encontrei a melhor pessoa do ...mundo, minha outra metade. Me propus a mudar pelo bem da relação sempre que preciso, ceder, entender e perdoar sempre. Teve gente que achou estranho eu falar sozinha no espelho, mas estranho mesmo é falar sozinha com alguém.

domingo, 1 de abril de 2012

~* Talvez...

Talvez, talvez, talvez... Tem mais talvez na minha cabeça que porquê em boca de criança. Mas eu não consigo evitar. Talvez isso leve a algum lugar. Talvez a gente vá dançar... Talvez a gente seja feliz em conjunto. Só talvez. Mas, talvez não.