quarta-feira, 27 de maio de 2015

~* Vai saber...

Eu não sei como tem gente que ainda aguenta festas todos os finais de semanas. Sério. Ando tendo preguiça de festas. Só de pensar que terei que aguentar um salto alto maltratando meus pés, uma ressaca maldita no dia seguinte e um monte de homens idiotas-retardados-que-saem-de-casa-atrás-de-alguém-pra-transar, já me dá vontade de me jogar na cama e dormir. Ando preferindo banho quente, cama aconchegante e algumas besteiras pra comer do que passar a noite em farra. Sair na noite, encontrar um monte de babacas (que vai de ex-ficantes a garotos que querem estar na sua lista de ficantes) e ainda ter que bancar a simpática, mas na realidade a vontade é de mandá-los á merda. Ando sem paciência mesmo. Sem paciência com coisas fúteis. Sem paciência em sair, encontrar alguém legal, trocar uns beijos, whatsapp, instagram e Facebook. E então você pensa que o cara é demais e você acha que vai começar a namorá-lo, mas a criatura vai sumir da sua vida e partir pra outra sem dó. Já passei por isso várias vezes, mas não passo mais. Não desisti do amor, não perdi a fé nele, mas se encontro alguém bom o suficiente pra me namorar e ele não pensa em namorar, casar e ter filhos eu já dispenso logo, não fico nessa ladainha de ficar-sem-compromisso e esperar o cara mudar. Não perco tempo com gente sem futuro e principalmente com gente que não sabe o que quer da vida. Eu sei o que quero da minha vida, eu tenho metas, planos e sonhos para ser realizado. E se o cara ainda quer apenas se aventurar, sugiro procurar por outra pessoa, por que eu... Ah, eu tô fora. Tem gente que diz que vou morrer solteira desse jeito. Mas, não penso dessa forma. Eu nasci pra amar e ser amada e não pra ser mais um contato na lista de um monte de macho, pra eles correrem atrás, apenas quando querem sexo. Acho que posso chamar tudo isso de amadurecimento. Ou estou apenas ficando velha, chata e exigente. Vai saber...

~* Você não é mais meu tipo.

É sempre bom saber que o ex sente saudades, mas você é um prazer singular saber que te faço falta até hoje. Porque você é muito mais que um cara do meu passado, você é um divisor de águas na minha vida. Acho que nem tem ideia da imensidão disso... mas sou outra depois de você, em todos os sentidos possíveis. Na sua época, durante muito tempo, eu me esforcei pra ser o tipo que você gostava: a mulher descolada, com maquiagem pesada e roupa colada, que vive em balada, com um copo de vodka na mão. Mas eu era só uma menina, nunca conseguia ser tudo isso, não importava o quanto eu me esforçasse. E eu ouvia você falando, de boca cheia, que fulana era a mulher mais linda do lugar e eu teria dado o mundo, se pudesse, pra ser ela. Acho que você nunca percebeu o quanto isso era cruel. Nem o quanto ela, de perto, era sem graça. Eu fui de balada em balada pra te impressionar, gastei litros de demaquilantes e até me acostumei com o gosto da vodka. Eu fui felicidade atendendo suas ligações bêbado de madrugada, eu fui esperança, fui muito amor, até o dia que eu fui embora, porque eu era qualquer coisa, menos eu. E foi um parto perceber que eu tinha me perdido de mim. E um parto maior ainda entender que você não valia um terço dessa missa. Que o seu tipo é vazio, é pouco, é da menina de nariz empinado, trocando as pernas no banheiro daquela boate chata, que eu tive pena. Aí eu tive pena de você também. E o mais importante: parei de sentir pena de mim. Descobri quem eu sou e eu sou o contrário de tudo que você achava tão lindo. Sou uma festinha com MPB no meio da rua, sou short e blusinha e maquiagem leve. Agora é um novo tempo, só quero ser feliz! Não quero impressionar ninguém. Sou tão outra, que você nem me conhece mais, sabia? Mas olha isso: Hoje, na minha época, você reparou que eu sou linda, muito gente boa e que tô um mulherão. Parece até piada essa sua falta de padrão. Olhei pra trás, te olhei de perto e ouve que esquisito: você passa longe, muito longe de fazer meu tipo.